Livros *----* Origem

Título: Origem
Série: Robert Langdon #5
Autor: Dan Brown
Páginas: 432
Editora: Arqueiro

Avaliação: 4/5

Eu estava para ler este livro desde o seu lançamento. Gosto dos livros do Dan Brown, gosto da forma como eles nos envolve na história, criando intensas perseguições em conjunto com uma investigação tão rica em detalhes e conexões, da narrativa que mistura ficção com realidade e nos faz questionar o quanto de verdade pode existir no seu enredo. Bem como, da forma como ele insere arte, cultura e tecnologia em seus livros. Por isso, escolhi Origem para o desafio um livro que todo mundo já leu, menos você da maratona literária de fim de ano do Sigo Lendo.

Origem começa quando Edmond Kirsch, um conhecido cientista e futurólogo ateu se encontra com três líderes religiosos e apresenta sua mais recente descoberta. Edmond acredita que ela irá representar o fim do mundo como o conhecemos e a morte da religião. Seria possível? Um descoberta capaz de abalar toda sorte de fé e responder as duas perguntas mais repetidas no mundo: "De onde viemos? Para onde vamos?".

"Sei que essa descoberta vai questionar algumas crenças religiosas fundamentais, mas se há uma coisa que aprendi em toda a minha longa vida é que a fé sempre sobrevive, mesmo diante de grandes dificuldades."

Quando chega o dia de apresentar ao mundo o seu trabalho, Edmond monta um verdadeiro espetáculo, na lista de convidados há pessoas dos mais diversos círculos e influências, dentre eles, Robert Langdon, ex-professor de Edmond e com quem ele já havia discutido a origem da vida em algumas circunstâncias. Além disso, a apresentação está sendo vinculada na internet para milhões de espectadores. Mas, antes que ele pudesse de fato explicar qual foi o resultado do seu trabalho, Edmond é assassinado.

É quando começam a surgir as perguntas, quem poderia estar por trás do assassinato de Edmond Kirsch e qual seria a magnitude de sua descoberta para que alguém decidisse matá-lo? O responsável pela sua morte seria um dos três líderes religiosos que ele encontrou anteriormente? Estaria a realeza da Espanha envolvida na trama? Ambra Vidal, a noiva do príncipe e diretora do museu de Bilbão é a primeira a desconfiar da realeza, pois foi o convidado que ela adicionou à lista na última hora à pedido da casa real que cometeu o homicídio contra Edmond.


"Exato. E a história provou repetidamente que os lunáticos ascenderão ao poder de novo e de novo em maremotos de nacionalismo agressivo e intolerância, mesmo em lugares onde isso parece absolutamente incompreensível."

Mas talvez nem tudo esteja perdido, pois Robert e Ambra descobrem que ainda há uma forma de veicular a descoberta de Edmond ao mundo. Porém, fazê-lo não será fácil, pois eles terão que descobrir qual a senha de 47 caracteres de Edmond e, em seguida, localizar os seus servidores particulares, local em que a apresentação estava armazenada e de onde seria transmitida. E, é claro que esses mistérios os levarão à uma corrida por diversos pontos turísticos da Espanha e grandes nomes da história enquanto são perseguidos pela guarda real, pela polícia espanhola e por um homem capaz de matar pelos seus ideais.

O livro me fisgou e conseguiu me deixar completamente curiosa a respeito de qual seria o grande segredo que Edmond iria revelar ao mundo. Mas confesso que esperava um pouco mais desta super descoberta. O que eu realmente não esperava era ser levada a refletir em questões como os avanços tecnológicos e o futuro da inteligência artificial, que também eram assuntos de interesse e estudo de Ed.

"— Memento mori – sussurrou o monarca. – Lembre-se da morte. Até para os que detêm grande poder, a vida é breve. Só existe um modo de triunfar sobre a morte: tornando nossa vida uma obra-prima. Devemos aproveitar cada oportunidade de demonstrar gentileza e amar plenamente. Vejo nos seus olhos que você tem a alma generosa de sua mãe. Sua consciência será seu guia. Quando a vida estiver escura, deixe seu coração mostrar o caminho."

Eu admito que não me prendi muito às discussões religiosas pelo fato de que tenho as minhas próprias respostas para as duas grandes perguntas e acredito nelas com segurança. Apesar de ter achado interessante a forma como Dan se propôs a falar sobre elas e a postura do seu protagonista (Langdon) em não ser completamente ateu ou contrário à fé. Na verdade, imagino que se Langdon tivesse a mesma postura de Edmond seria difícil se afeiçoar com tanta facilidade ao personagem. 

Tirando isso, o livro segue a mesma linha dos anteriores, temos Robert desvendando símbolos e enigmas nas ruas de uma cidade histórica com uma bela e inteligente mulher à tiracolo. Origem não se tornou meu livro favorito do autor, mas com certeza foi uma leitura interessante e com um final bastante instigante.

"O amor não é uma emoção finita.
Não temos só uma certa quantidade para dar.
Nosso coração cria amor à medida que precisamos dele."


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