Autor: Dan Brown
Páginas: 443
Editora: Arqueiro
Série: Robert Langdon
Anterior: O Símbolo Perdido
Também peguei esse livro emprestado com o namorado da Isabela. Essa é a quarta e última (que eu saiba) aventura do nosso conhecido professor de história da arte Robert Langdon. Gostei bastante desse livro, mas todos os quatro são muito bons, então não sei se posso dizer que foi o melhor. Gostei muito porque tiveram várias questões de biologia e um pouco menos de história, embora todas as informações históricas que o Dan Brown coloca nos livros sejam muito interessantes e me deixem com vontade de saber mais e ir visitar os lugares que ele cita, vê-los pessoalmente. A cada história que se passa na Itália, tenho uma vontade cada vez maior de ir lá. Fiquei até com mais vontade de aprender italiano! haha
A nova aventura de Robert Langdon começa de uma forma bastante inesperada. Ele acorda assustado de um pesadelo muito bizarro, aonde há uma bela senhora rodeada de corpos agonizantes, dizendo a ele "Busca e encontrarás!". Quando acorda, sua surpresa não poderia ser maior. Ele está em um hospital, com um ferimento na cabeça e... em Florença! O pior é que ele não tem ideia do que aconteceu e de como foi parar lá, já que em sua última lembrança ele estava andando no campus da universidade de Harvard.
"Quando se está nadando em um túnel escuro, chega um momento em que não se tem mais fôlego para voltar. A única alternativa é seguir nadando rumo ao desconhecido... e rezar por uma saída."
Para piorar sua situação, surge no hospital uma mulher com roupa de couro e cabelo curto espetado, apontando uma arma para ele. Como se não bastasse ter esquecido dois dias da sua vida, ainda estão tentando matá-lo e ele nem sabe por quê! Felizmente ele consegue escapar, com a ajuda de Sienna Brooks, a bela e jovem médica que estava cuidando dele. Sienna é uma mulher com uma inteligência e memória fora do comum, mas por algum motivo não deseja que Robert conheça muito sobre sua vida e seu passado.
"Nada é mais criativo ou destrutivo do que uma mente brilhante com um propósito."
Ela consegue levá-lo até seu apartamento, aonde mostra a ele um estranho tubo de metal, com o símbolo de risco biológico gravado, que estava dentro de um bolso escondido do seu paletó. Eles acreditam que dentro possa conter algum tipo de material extremamente perigoso, já que esse tipo de tubo é usado para transportar com segurança coisas assim. Decidido a entender o que está acontecendo, Robert liga para o consulado americano, e mais coisas estranhas acontecem. Uma van preta cheia de agentes aparece para persegui-lo!
"Destruição da camada de ozônio, falta d'água e poluição não são a doença... são os sintomas. A doença é a superpopulação. Ou encaramos esse problema, ou estamos só pondo um Band-Aid em cima de um tumor maligno e agressivo."
Sem poder confiar em ninguém, nem mesmo em sua memória, e sem poder contar com a ajuda de seu próprio país, ele e Sienna fogem e partem rumo a uma aventura completamente inusitada, envolvendo obras de arte e grandes monumentos arquitetônicos da Itália, na tentativa de decifrar um assustador mapa inspirado na obra literária de Dante Alighieri, Inferno, primeira parte de A Divina Comédia.
"Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral."
Envolvendo questões como a Peste Negra, a superpopulação, o colapso iminente que está prestes a levar nossa espécie à extinção e os avanços da engenharia genética, Dan Brown vai nos envolvendo em uma trama que mais parece ficção científica. O vilão dessa vez é um bioquímico renomado e inteligentíssimo, que possui ideias extremamente radicais. Mas no fim das contas, eu quase concordo com ele. De um modo geral, ele fez uma coisa muito bem pensada e fez tudo por uma boa causa, ao seu ver.
"O crescimento populacional é uma progressão exponencial que ocorre dentro de um sistema de espaço finito e recursos limitados. O fim vai chegar de forma muito abrupta. Não vai ser como um carro cujo combustível vai acabando aos poucos... vai ser como despencar de um precipício."
Acho incrível a capacidade que Dan Brown tem de enganar o leitor pelo tempo que ele achar necessário na história, às vezes fazendo um mistério sobre uma coisa super boba, às vezes nos iludindo totalmente e nos fazendo ter certeza de uma coisa, só para depois mostrar que estávamos errados.
Esse foi um daqueles livros que me fizeram refletir. Ler sobre coisas como o crescimento desenfreado da população, o limite que o nosso planeta tem para aguentar nossa expansão e também o desenvolvimento da engenharia genética, o quanto os cientistas estão se tornando capazes de modificar os genes... sei lá, acaba sendo tudo muito assustador. E parando para pensar, os fatos que Dan Brown expõe no livro são reais. Se não tomarmos alguma atitude, em pouco tempo coisas ruins podem começar a acontecer.
O livro tem uma narrativa um pouco pesada por causa da quantidade de informações que ele passa, mas ao mesmo tempo não é cansativo de ler e é difícil parar. Você sempre quer saber o que vai acontecer depois, enquanto os personagens correm contra o tempo para salvarem suas vidas e, dessa vez, salvarem o mundo também. Nunca podemos ter certeza em qual deles se pode confiar, mas enquanto a história vai se desenrolando, tudo vai se encaixando e surpreendendo cada vez mais. Achei esse livro perfeito e recomendo a todos que leiam se gostarem desse gênero.
Minha resenha de O Símbolo Perdido aqui.
Resenha da Isabela de Inferno aqui.
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