Autor: Matthew Quick
Páginas: 254
Editora: Intrínseca
O segundo livro da Maratona Literária #EuTôDeFérias foi concluído com sucesso e rapidamente. Adorei esse livro, gente! Achei super leve de ler, fiquei lendo por várias horas e nem percebi o tempo passar. Acho que a maioria de vocês já deve ter lido, ou pelo menos ter assistido ao filme. Eu peguei esse livro emprestado com Isabela sem nem saber do que se tratava a história direito, mas todo mundo sempre me falou bem. Também nunca vi o filme, então não fui corrompida por ele. rsrs
Pat Peoples tem cerca de 30 anos e está saindo de uma instituição para tratamento de pessoas com problemas psicológicos, voltando para a casa dos pais. Ele perdeu uma parte da memória, não lembrando então porque foi parar no "lugar ruim", que é como ele chama a instituição. O que ele lembra é que sua esposa, Nikki, queria que ficassem um "tempo separados" e ele acredita que, como esteve no "lugar ruim" por alguns meses (que é o que ele acha), já está chegando o momento em que o "tempo separados" irá terminar e sua esposa voltará para ele.
Ele não lembra do que aconteceu, e sua família e amigos, além de seu novo terapeuta, se recusam a lhe dizer. Só sabe que ocorreu algum incidente grave, que resultou na sua separação da esposa e na perca de memória. Pat acredita que sua vida seja um filme feito por Deus, em que ele precisará passar por altos e baixos até seu final feliz, que é quando finalmente o "tempo separados" vai terminar.
Numa tentativa de fazer com que Nikki realmente volte para ele, Pat está tentando tornar-se uma pessoa melhor. Ele sabe que foi um marido ruim e que não a tratava da forma como deveria. Pensando nisso, agora ele está exercitando ser gentil ao invés de ter razão, tentando ser mais calmo, elogiando mais as pessoas. Também está viciado em exercícios físicos, pois sabe que Nikki gostava de quando ele era forte, e depois do casamento ele relaxou totalmente em relação a isso. Além disso, está lendo (e odiando) algumas obras famosas da literatura, obras que sua esposa costumava comentar muito com os amigos, já que ela é professora de inglês.
"(...) a vida não é um filme de censura livre para fazer com que a pessoa se sinta bem. Muitas vezes a vida real acaba mal (...) E a literatura tenta documentar essa realidade, mostrando-nos que ainda é possível suportá-la com nobreza."
Apesar de estar tentando com todas as forças ser melhor, algumas vezes Pat ainda tem surtos de agressividade. Quando isso acontece, ele fica bem chateado depois, mas é algo difícil para ele controlar, principalmente quando ouve uma certa música de Kenny G.
No meio de todos esses seus pensamentos, surge Tiffany, a irmã da esposa do seu amigo. Sua família e seus amigos incentivam a amizade dos dois, mas ele não quer nenhum tipo de envolvimento com outra mulher a não ser Nikki. Ele não consegue entender porque todos acham que Nikki nunca voltará. Tiffany, assim como ele, também vai ao terapeuta, para se recuperar de depressão. Ela é uma mulher bonita, mas ficou bem louquinha depois que perdeu o marido.
"Se Você criou o mundo em apenas uma semana, enviar Seu Filho para realizar uma missão deve ter sido moleza. Mas mesmo assim fico feliz que tenha se dado o trabalho de enviar Jesus para nos ensinar tudo sobre milagres, porque a possibilidade dos milagres acontecerem é o que faz um monte de pessoas seguir em frente aqui em baixo."
O livro se passa com esses dois mistérios no ar: o que aconteceu com Nikki e o que fez com que Pat perdesse a memória. Ao longo da história nos vamos caminhando junto com ele em busca das respostas, embora ele às vezes tenha medo de saber o que realmente aconteceu. Vamos conhecendo um pouco mais sobre ele e as pessoas que o cercam. Todos os personagens são muito divertidos e carismáticos, acho que o único que me deixou irritada foi o pai dele, porque ele é bem idiota com essa coisa do futebol americano.
Também fiquei bem perdida com a quantidade de informação sobre os jogos que o autor coloca. Eu não entendo nadinha de futebol americano! O.o Às vezes achei meio desnecessário falar tanto disso.
A narrativa de Pat é bem engraçada e na maior parte do tempo, para mim, ele não parecia um homem de mais de 30 anos, e sim um adolescente que está descobrindo o mundo e achando tudo incrível. rsrs Ele realmente me conquistou com o jeito doidinho dele e fiquei torcendo o tempo todo para que ele encontrasse mesmo seu final feliz.
Resenha da Isabela aqui.
FilmeXLivro da Isabela aqui.
Primeiro livro da maratona: Os contos de Beedle, o Bardo
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