Entrevista com autora #3 Neiva Meriele


Gente, sempre me sinto muito honrada quando um autor responde uma entrevista pro blog e dessa vez não é diferente. *-* A Neiva respondeu todas as nossas perguntas curiosas, confiram!

1)Quanto tempo levou para escrever o livro?
Eu demorei cerca de 1 ano para escrever A Hora da Verdade, comecei em 2008 e concluí em 2009, apesar de que, depois disso, ele passou por diversas mudanças, a principal delas para a edição atualizada, este ano.

2)Teve um "Beta"? (Leitor com acesso a um livro antes da publicação e a sua leitura tem como premissa uma colaboração para a revisão e edição do livro.)
Não sei se eu poderia considerar como beta, mas foram pessoas que com certeza deram dicas valiosíssimas para o aperfeiçoamento do livro. Adriana Vargas e Shirlei Ramos, ambas escritoras e revisoras.

3)Como surgiu A hora da Verdade?
Eu sempre tive uma queda por livros que envolvem suspense e ação além do romance central. Então, houve uma época em que eu e meu marido morávamos numa fazenda bem distante da cidade mais próxima. E, numa tarde quente de verão em que eu varria o pátio da casa principal, passei a admirar tudo à minha volta; nossa criação de cavalos crioulos, as ovelhas, os cães da raça collie correndo na imensidão de campo a perder de vista. E então encontrei o cenário perfeito para a história que eu queria contar. Foi aí que surgiu A Hora da Verdade.

4) Você conhece o Uruguai?
Sim. Morei por quase 3 anos numa cidadezinha da fronteira, que serviu de inspiração para a cidade fictícia Bella Ciudad.

5)Quando começou de fato a escrever já tinha toda história na cabeça ou ela foi fluindo conforme colocava as ideias no papel?
Olha, de todas as histórias que escrevi (e foram muitas) nenhuma eu tinha completa na cabeça. Quando começo a escrever sempre tenho uma boa base, mas acontecimentos importantes acabam surgindo conforme a história se desenvolve.

6) Como é sua rotina para escrever? Você tem um horário determinado ou escreve quando surge oportunidade?
Eu tenho filho pequeno (3 anos), então já não consigo programar um horário como fazia antes. Agora, normalmente escrevo à tarde ou à noite, depois que meu filho já dormiu. No entanto, eu adoraria poder escrever assim que acordo, pois é o horário em que tenho mais disposição, acredito que por estar com a mente descansada.

7) Quais foram as suas maiores dificuldades na sua carreia de autora?
Conseguir ser aceita por uma editora. Com certeza essa foi a maior dificuldade que encontrei. Não é fácil receber vários nãos consecutivos, isso com certeza desestimula bastante o autor, e comigo não foi diferente.

8)O que você pode dizer para os futuros escritores brasileiros, que estão começando a escrever seus livros?
Que não desistam de lutar pelos seus sonhos, jamais. Mas, principalmente, que invistam em seus livros. Não é fácil ter destaque neste mercado tão competitivo, mas é ainda mais difícil quando sua obra não passou por um bom revisor, e quem sabe até por uma assessoria literária, portanto, se necessário aguarde um pouquinho mais e invista nessa área. Vale a pena.

9)Fala um pouco do livro pra gente. O que mais gosta nele?
O livro A Hora da Verdade conta a história de duas irmãs (Rafa e Fabi Donnelly) que viveram uma vida de privações sob os cuidados de um pai que beira a sociopatia. E quando, finalmente, elas pensam estarem livres, são confundidas com criminosas e presas pelos irmãos Martins, uma espécie de justiceiros da cidade. A partir daí eles precisam a aprender a conviver com a desconfiança e a inegável atração que envolve esse quarteto.
A parte que eu mais gosto com certeza é a parte em que 100% dos leitores foram pegos de surpresa (não vou contar porque seria um baita spoiler rsrs)

10)De leitor para escritor: Costuma ler muitos livros? Como descobriu o prazer pela leitura e pela escrita?
Sigmund FreudBom, muito antes de eu começar a escrever, eu já era uma leitora voraz. Comecei a ler assim que consegui juntar as palavras e formar frases, logo nos primeiros anos de escola, e aí descobri o mundo mágico dos livros e fui completamente seduzida por ele. Não demorou muito para que surgisse o desejo de contar minhas próprias histórias. Hoje não consigo mais ler tantos livros quanto lia uma vez, mas minha média continua sendo 1 livro por semana.

11)Tem um momento ou uma citação de um livro que leu e goste muito e gostaria de compartilhar com a gente?
Vou citar esta frase de Freud que eu, particularmente, amo: “Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.” Sigmund Freud.

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