Cheiro de livro novo: Prodigy

Título: Prodigy - Os Opostos Perto do Caos
Autora: Marie Lu
Páginas: 301
Editora: Rocco
Série: Legend #2
Anterior: Legend
Próximo: Champion
Avaliação: 5/5

Boa tarde, leitores! Eu estava muito ansiosa para ler a sequência de Legend e, assim que minha amiga me emprestou Prodigy, não consegui me segurar e peguei logo para ler. Fiquei com um pouco de medo, porque ela me disse que achou esse livro meio lento, mas não foi o que aconteceu comigo. Fiquei me remoendo porque infelizmente estou muito sem tempo para ler e demorei bem mais do que planejava para terminar a leitura, enquanto o que eu só queria era ler sem parar. haha

"— (...) Dinheiro não significa nada quando...
Day me aponta um dedo.
— Nunca mais diga isso na minha cara. Dinheiro significa tudo.
Minhas faces coram.
— Não, não significa.
— Porque você nunca ficou sem ele."


Prodigy começa exatamente na parte em que Legend terminou. Day e June conseguiram fugir de Los Angeles e estão em um trem rumo à Las Vegas. O objetivo de Day é encontrar os Patriotas, o grupo rebelde que luta contra a República. Ele precisa da ajuda do grupo porque esta bastante ferido e, principalmente, porque deseja libertar o irmão mais novo, Éden, que foi infectado pela praga e está em posse dos militares. June está relutante em encontrar-se com o grupo, além de achar que eles não farão nada para ajudá-los, já que não possuem dinheiro, mas não encontra uma ideia melhor.

"Agora sou uma criminosa e nunca poderei voltar a desfrutar os privilégios da minha antiga vida. Esses pensamentos me dão uma sensação de náusea e de vazio no estômago, como se eu sentisse falta de ser a queridinha da República. Talvez seja isso mesmo.
Se já não sou a 'queridinha da República', então quem sou eu?"

Ao chegarem em Las Vegas, porém, são recebidos com uma notícia que pode afetar os rumos de toda a República: o Primeiro Eleitor está morto. E, a partir desse momento, Anden, seu filho, está assumindo o poder. Anden é jovem e inexperiente, mas não traz esperança para o povo, porque provavelmente continuará seguindo os passos do pai ditador.




Apesar da notícia, prosseguem com seu plano inicial e são surpreendidos pelo tratamento que recebem. Os Patriotas continuam interessados em Day, agora por um motivo diferente: ele é aclamado pela população e, sob o comando dele, uma rebelião será facilmente iniciada, o que é tudo de que o grupo precisa para tomar o poder nesse momento oportuno de fragilidade política. E também estão interessados em June, pois suas habilidades serão necessárias para colocarem o plano em ação: os dois serão responsáveis pelo assassinato do novo Primeiro Eleitor.

"— (...) Todo mundo está de olho em você, Day. Estão esperando para ver o que você vai fazer em seguida.
(...) Sacudo a cabeça. Uma súbita onda de medo toma conta de mim. Eu sempre quis a chance de poder retaliar... Era isso que eu estava tentando fazer todos esses anos, não era? Agora estão me entregando esse poder, mas não sei o que fazer com ele!"

Sem opção melhor, eles aceitam a proposta. Mas June está hesitante, pois ela já conheceu Anden, quando ainda era a prodígio da República. Agora, tendo a oportunidade de conhecê-lo melhor, ela não sabe se matá-lo será realmente a melhor opção para a nação. Será que os Patriotas estão falando a verdade? Será que planejam um futuro novo e bom para a República? Será que as Colônias estão envolvidas e pretendem assumir o poder e recriar os Estados Unidos, seja lá o que isso signifique? June e Day precisarão assumir riscos e jogar um jogo perigoso se quiserem fazer o melhor para a população.

"— A classe trabalhadora entra pelo cano em tudo que é lugar, não é? Minha teoria é: as Colônias são melhores do que a República em alguns aspectos, mas, acredite se quiser, o inverso também é verdade. Não existe a tal utopia burra que tu fantasia, Day. Simplesmente não existe."



Simplesmente adorei essa leitura! Day e June são personagens que aprendi a amar. Apesar de não serem extremamente marcantes, daqueles que você nunca vai esquecer, me apeguei muito a eles, e consigo entender seus pensamentos e suas atitudes, por mais que sejam tão diferentes. Tess, que foi uma personagem de quem gostei muito no primeiro livro, retornou completamente mudada. Ela sim fez muitas coisas que me irritaram. Mas a maior surpresa, para mim, foi Kaede. Eu não dava nada por ela no início, mas nesse livro ela ganhou um espacinho especial no meu coração. Anden foi um personagem complicado. É difícil saber se você quer confiar nele, ao mesmo tempo em que pode ser tudo farsa. Me senti exatamente como a June. rs Por fim, tem Razor, o líder dos Patriotas. Será que ele é assim tão confiável e seus planos são tão perfeitos?

"— Ele enrolou você. Logo você! A República não vai mudar. O novo Eleitor é jovem, burro pra cacete e se acha o máximo. Ele quer apenas que as pessoas o levem a sério, e para isso é capaz de dizer qualquer coisa. Quando as coisas se acalmarem, você vai ver o que ele realmente é. Garanto. Ele não é diferente do pai: é só mais um maldito filhinho de papai, com muita grana e um punhado de mentiras."

Dá para perceber que esse é um livro com muitos questionamentos, muita tensão o tempo inteiro. É difícil saber quem é confiável, qual é a verdade, o que é o certo a ser feito. Fiquei muito satisfeita com a leitura, pois, mesmo que eu tenha conseguido deduzir algumas coisinhas, o livro conseguiu me surpreender em muitas partes. Muitas revelações! rs Fiquei feliz também porque finalmente recebi algumas explicações sobre as Colônias e sobre o resto do mundo. A autora não deixou tudo para o último volume e eu gosto disso.

A escrita de Marie Lu é eletrizante, ela tem alguma coisa que consegue me prender de uma forma surpreendente. É um livro que pode ser lido em um só fôlego, principalmente nos últimos capítulos. Imaginem meu desespero por não poder parar minha vida para ficar lendo! haha
Detalhes do livro: mapa e início de capítulo

A narrativa, assim como no anterior, é em primeira pessoa, com os capítulos se revezando entre o ponto de vista de Day e de June. A revisão está ótima e a diagramação segue o mesmo padrão do primeiro, com fontes diferentes para cada narrador, páginas amareladas e detalhes escurecidos nas bordas. A capa é simples, mas bonita, com o pássaro que representa o símbolo das Colônias. Adorei o subtítulo também, já que Day e June realmente são opostos, e estão, mais do que nunca, perto do caos. Melhor descrição, impossível!



"— Você nasceu para mudar a República. June, não há ninguém melhor."

Eu gostei demais desse livro e estou ainda mais ansiosa para finalmente ler o último. Mas, infelizmente, estou tendo que me controlar, porque preciso me concentrar em estudar, e Champion certamente não permitirá que minha atenção seja desviada da história. rsrs Então, fica a dica de uma distopia maravilhosa! 😍 Espero muito não me decepcionar com o final, porque já estou imaginando que será triste e estou tentando me preparar para o pior. 😩


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