Autor: Paulo Mateus
Páginas: 154
Editora: Independente
Avaliação: 5/5
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O Paulo Mateus chegou até nós através do formulário de contato do blog e, por um momento, achei que não fôssemos firmar a parceria. Pois, eu e Pri estávamos muito enroladas com resenhas pendentes e livros de parceiros para ler, além de todas as nossas outras atividades. Mas, ele aceitou a parceria mesmo que eu tenha lhe avisando que a resenha demoraria um pouco para sair. Porém, ao terminar a leitura, fiquei feliz que ele tenha tido paciência conosco e me dado a chance de conhecer o seu trabalho.
Em Fuga para o Paraíso conhecemos Cristina e Ivan, dois policiais muito competentes que tem a sua rotina modificada devido aos chamados causados por uma nova droga. A substância causa uma profunda sensação de paz, fazendo com que os seus usuários se sintam no paraíso, daí veio o seu nome, Éden. Porém, ela vicia rapidamente e a abstinência causa intensos surtos de violência e canibalismo. Depois de encontrar o ministro das finanças em um dos seus chamados, os policiais percebem a gravidade da situação e como o Éden tem se espalhado rápido em meio a população da cidade.
"— Esta cidade está em decadência, as coisas só vão piorar daqui pra frente. [...] Há mais criminosos do que nunca, nossos impostos sobem todos os anos, e há uma guerra lá fora da qual nada sabemos. Nós estamos afundando em um lamaçal de sujeira que só aumenta."
A história se passa em um mundo pós apocalíptico, em que após guerras e catástrofes acometerem o mundo, os sobreviventes se agruparam em cidades protegidas por redomas. Essas estruturas as protegem do clima inóspito que a Terra passou a ter, bem como, de cidades inimigas, além de conceder certo poder aos governantes, que sabem como se aproveitar da alienação de suas populações. Entretanto, o Éden acaba por levar Cristina para fora da segurança da redoma. Ela se junta à Policia exterior numa missão que tem como objetivo encontrar os fabricantes do Éden. Mas, após viver toda a sua vida dentro daquela redoma, será que ela estará preparada para o que encontrará no mundo exterior?
"As pessoas que viviam suas vidas tranquilamente dentro da cidade tinham certa noção do que acontecia ali fora, mas não conseguiam imaginar com clareza como eram as coisas ali. Parte da tranquilidade de que gozavam vinha dessa ignorância."
Muitas coisas mudaram no mundo criado por Paulo Mateus, mas se tem algo que ainda conseguimos encontrar é a ganância do homem por poder. Que mesmo após verem a extensão dos impactos dessa atitude ainda continuam a exercê-la, se envolvendo em guerras sem fim em busca por mais poder e cidades para governar. Dessa vez, as máquinas lutam por eles e as perdas humanas são menores para aqueles que estão ganhando. Mas, até quando isso será possível? Esse é um livro para os amantes da ficção científica. Mas, também encontramos diversos questionamentos à respeito de questões sociais, que mesmo que abordados de forma sutil pelo autor, valem a pena serem discutidos. Pois observamos desde as cidades abastecidas com os mais recentes avanços tecnológicos, àquelas imersas na pobreza e sem a menor condição de vida. Mas, em ambos os lugares há pessoas que estão entregues ao desespero e se rendem à uma droga que lhes promete paz, mesmo que possua alto poder de destruição. Portanto, aqueles que, como eu, adoram distopias, também já podem adicioná-lo à lista de desejados.
O livro é narrado em terceira pessoa de forma que podemos acompanhar tanto Cristina em sua missão, quanto Ivan e também os governantes da cidade. O título combinou muito com o conteúdo do livro, mas o mesmo não ocorreu com a imagem da capa, que eu particularmente não consegui relacionar muito bem com a história. Os personagens são cativantes, mas ao finalizar a leitura, constatei que não tinha muitas informações sobre eles, assim como também não sei qual o nome da cidade da qual Cristina veio. Entretanto, mesmo assim, me vi muito envolvida com o desenrolar do livro e não vejo a hora de continuar a acompanhando-o. A leitura é bem rápida, mas não é corrida, e termina em um momento um tanto quanto tenso para os nossos personagens, especialmente para Cristina, que apesar de não ter perdido por completo a sua esperança, não conseguirá sair facilmente da situação em que se encontra. Ainda não tenho informações sobre um próximo volume, mas assim que tiver conto para vocês!
"– Nós somos uma potência tecnológica e militar, por mais que nosso governo tente maquiar e esconder nós também temos nossa parcela de culpa nisso, aqui nossa tecnologia cuida e salva, mas além daquela redoma ela fere e mata."
O livro é narrado em terceira pessoa de forma que podemos acompanhar tanto Cristina em sua missão, quanto Ivan e também os governantes da cidade. O título combinou muito com o conteúdo do livro, mas o mesmo não ocorreu com a imagem da capa, que eu particularmente não consegui relacionar muito bem com a história. Os personagens são cativantes, mas ao finalizar a leitura, constatei que não tinha muitas informações sobre eles, assim como também não sei qual o nome da cidade da qual Cristina veio. Entretanto, mesmo assim, me vi muito envolvida com o desenrolar do livro e não vejo a hora de continuar a acompanhando-o. A leitura é bem rápida, mas não é corrida, e termina em um momento um tanto quanto tenso para os nossos personagens, especialmente para Cristina, que apesar de não ter perdido por completo a sua esperança, não conseguirá sair facilmente da situação em que se encontra. Ainda não tenho informações sobre um próximo volume, mas assim que tiver conto para vocês!
" – Acostume-se, não há compaixão nesse trabalho."
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