Livros *----* Cidades de Papel

Cidades de Papel. Autor: John Green. Páginas: 368. Editora: Intrínseca.

Como eu disse no FilmeXLivro de Cidades de Papel que fiz aqui no blog, só me interessei por esse livro depois de ver o trailer do filme no cinema. Então, eu e meu namorado  rapidamente começamos a ler o livro para poder terminar antes do filme estrear. Gostei do livro, mas não achei ele tanta coisa assim. Achei bem bobinho até.

"Quando você fala coisas ruins das pessoas, nunca deve dizer a verdade, porque depois você não pode negar tudo, entende?"

O livro é narrado por Quentim, um garoto que está cursando o último ano do colegial e é apaixonado pela sua vizinha,  Margo Roth Spiegelman. Margo e Quentim foram amigos durante a infância, mas a adolescência acabou por separá-los. Eles cresceram e se envolveram com grupos de amigos diferentes. Margo acabou junto dos populares e começou a namorar o astro de futebol da escola, enquanto Quentim se tornou um nerd que anda com o pessoal da banda da escola. Mas, ele nunca conseguiu esquecer sua paixonite.

"— Você não está preocupada com o… para sempre?— O para sempre é composto de agoras — diz Margo. "

Até que um dia, Margo aparece no seu quarto a noite e o convida para ser seu piloto de fuga em mais uma aventura, ou melhor, 11 aventuras. Quentim aceita, como poderia não aceitar? E, depois de uma noite completamente louca - sem nenhum beijo, que fique claro, eles só picharam quartos, invadiram parques e coisas do tipo haha- Margo desaparece. Mas, na verdade, isso não é uma grande novidade, ela sumia de vez em quando e deixava pistas para quem quisesse encontrá-la. Entretanto, dessa vez Q decide seguir essas pistas e encontrá-la.

"— Acho que minha dúvida principal é se foi o lugar ou se foram as pessoas. Por exemplo, e se as pessoas ao seu redor tivessem sido outras? — Mas não dá para separar uma coisa da outra, não é? As pessoas são o lugar, e o lugar é as pessoas. "

O livro é um pouco lento, Quentim vai descobrindo as coisas numa velocidaaade, as vezes o que mais me segurava à leitura era a curiosidade de saber onde estava Margo... Mas o livro é engraçadinho e é um pouco divertido. Gostei dos amigos de Q, Ben e Radar são amigos mesmo, com seus defeitos e tudo o mais, mas são aqueles amigos que a gente poderia levar pra vida toda. Ben sofre bulling à beça na escola, mais lida com isso com tanto bom humor que depois acaba conseguindo mudar isso. Radar é um verdadeiro nerd, ele tem um site no estilo do wikipedia, e é completamente viciado nele. O livro aborda bastante o tema de amizade e identidade.

"— Nada acontece como a gente acha que vai acontecer — diz ela.[...]— Verdade — digo. Mas depois que penso a respeito por um segundo, acrescento: — Mas, se você não imaginar, as coisas sequer chegam a acontecer"

Quentim é um menino bastante comum, ele gosta da estabilidade e segurança da sua vida, mas entende que de vez em quando a vida precisa de algo mais e se entrega à procura de Margo com essa expectativa. Já Margo é uma menina um tanto quanto incomodada com a quietude e fórmula pronta da vida: "crescer, fazer faculdade, trabalhar, casar, ter filhos, morrer". Mas ela geralmente não é bem compreendida pelas pessoas, ela não é simplesmente uma garota que gosta de bagunça como as vezes faz parecer.

"Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles. "

Confesso que não gostei muito do final, não sei o que estava esperando, mas sei lá. Até acho que foi justo, eu já sabia que aquilo podia acontecer, mas não queria que fosse assim... Não vou dizer muito mais para não dar spoiler e deixar vocês curiosos. hahahah Por fim, posso dizer que foi um livro legal, mas ficou longe de ser o melhor livro da vida.

"— Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos."
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